domingo, 26 de abril de 2015

COMO EU FAÇO MINHAS PLACAS DE CIRCUITO IMPRESSO

Eu faço minhas placas pelo processo da transferência térmica, partindo do desenho impresso a laser em papel glossy paper. Para mostrar, fiz estes dois vídeos.

VÍDEO 1

VÍDEO 2









sábado, 28 de fevereiro de 2015

UM AMIGO ME PROVOCOU, E ACABEI DESCOBRINDO UM PROJETO MUITO MANEIRO: OVERDRIVE COM DELAY NUM ÚNICO ESQUEMA. FICOU MUITO INTERESSANTE.

Bem, depois de um bom tempinho sem poder gerenciar o blog (desculpem as pessoas que postaram mensagem e que eu só vou responder agora...), volto com uma novidade. Pelo menos para mim era novidade...
Um amigo meu me pediu um pedal que fosse ao mesmo tempo uma distorção e delay. Ou delay e distorção, tanto faz...Algo que ele pisasse de uma vez só,  num determinado momento da música e o som já entrasse "no gás", com drive e delay. Claro que, de cara, imaginei um pedal com duas placas (uma distorção e um delay), unidas internamente e acionadas por um footswitch só. Mas achei meio bobo, e resolvi pesquisar um pouco sobre o assunto.
Descobri que a MadProfessor já tinha elaborado um projeto unificando os dois efeitos. Só que achei problemático o fato dele só ter, para o delay, o controle de level. Continuei a busca e encontrei no site da Madbean o projeto que eles chamaram de Sparklehorn. É exatamente um delay com distorção, só que controles completos para ambos os efeitos. Infelizmente eles não disponibilizam o layout da placa para fazermos em casa. Só encomendando a placa industrializada deles. Mas a curiosidade me aguçou e resolvi tentar eu mesmo rotear uma placa a partir do esquemático que o Madbean apresentava. 
Depois de algumas surras para conseguir resolver o layout, cheguei a um protótipo que cabia numa 1590BB (caixa um pouco maior da Hammond).
Daí montei o protótipo e ele funcionou a meia-boca. O delay só chegava a duas repetições e a distorção tinha pouco volume e drive. Mais dois dias de depuração e trocas de componentes por outros diferentes do projeto original, consegui, finalmente, um resultado bem eficiente. O pedal tem delay que pode ser controlado em level, repetições, velocidade e mix, e a distorção pode ser controlada em volume, drive e tone. Um total de OITO potenciômetros!!! Também ficou com a opção de ter dois footswitches, sendo um para ligar e desligar e outro para bypassar o delay, se o guitarrista desejar; mas pode ficar ativo direto também. Ainda é possível, com facilidade, eliminar esse footswitch de bypass do delay, e deixar o pedal funcionando sempre com os dois efeitos em conjunto.



Ainda não coloquei a arte do painel, mas a foto abaixo dá para ter uma ideia de como fica, depois de montado.


Depois que eu fizer a atualização dos componentes que foram modificados, eu volto para postar o layout para quem quiser experimentar.



sábado, 24 de maio de 2014

NOVIDADE NA ÁREA. A FAMÍLIA OKKO GANHOU MAIS UM MEMBRO. DOMINATOR FAZ BONITO!

Sou fã desses projetos da Okko, o Diablo e o Dominator. Que pedais maneiros, que som delicioso!

Já fiz alguns Diablos, a pedidos. É sempre assim: alguém vê na minha pedaleira, gosta, e compra. Aí eu faço outro pra mim, pois gosto muito dele também. Vem outro sujeito, gosta e quer comprar. Faço outro pra mim e não demora vai embora... Atualmente estou sem, pois preferi me dedicar a experimentar o irmão dele, o Dominator. A ideia é ficar com os dois, juntos no mesmo set.

O problema foi achar um layout que não fosse em veroboard, pois não tenho muito saco pra esse tipo de montagem. Para quem não conhece, veroboard são aquelas plaquinhas que a gente já compra pre-perfuradas, daí vai espetando os componentes seguindo o esquemático. Lembra um pouco as montagens de teste que se faz nas protoboards. Pesquisei bastante e acabei achando um layout, um tanto confuso, mas que aparentava permitir uma construção decente, cabendo numa 1590BB.

Decidi encarar e montei o bendito.

Hora de testar e... caralho! Muito bom o som dele. Na hora não tinha uma caixa nova para ele, usei uma antiga, já toda fudida, só pra encaixotar mesmo. No mesmo dia foi para o estúdio. Conviveu muito bem com os outros pedais e tem um timbre muito seguro. É uma distorção forte, sem ser saturada ao extremo, com uma boa saída de médios. Aliás, eu coloquei o controle de midrange (que determina a amplitude que o potenciômetro de médios pode chegar) como um potenciômetro do lado de fora. Assim, é possível chegar a uma regulagem legal de acordo com os amplificadores que forem usados.

Comprei uma caixa nova e dei ao pedal o nome de Predador... Gostou? Não? Tô nem aí...

Fotos da criança:









O footswitch ficou deslocado para a direita para me favorecer na colocação da placa, pois tem muitos potenciômetros já ocupando o espaço... 

O layout que eu usei foi este aqui. Divirtam-se.







quarta-feira, 9 de abril de 2014

UM WHITEFACE ESPECIAL, PELO MENOS PARA MIM.

Especial por quê?

Primeiro porque é um RAT, um pedal que eu acho muito legal. Se falar em clássicos ou vintage, a lista tem que começar mesmo pelo RAT, que foi revolucionário na sua época, trazendo o timbre pesado que caracterizou o metal nos seus primórdios.

Em segundo lugar porque é o primeiro circuito que foi todo feito por mim, depois de meses e meses tomando surra no EAGLE (para quem não conhece, é um software especializado em desenho de circuitos eletrônicos). Levei mais de uma semana para chegar a um layout viável, e depois que montei tive dois prazeres: funcionou de primeira e o timbre é muito maneiro. Tá legal, é pesadão mesmo. Não é pra qualquer um. Tem um bom sustain e se apresenta como um fuzzão com muita personalidade.

Não sei, de verdade, se está igual a um RAT WHITEFACE original, de 82,  pois nunca tive um em mão. Os vídeos que vi na internet dão uma ideia bem parecida, mas mesmo os vídeos disponíveis sofrem modificações em função do equipamento que gravou, da microfonação, dos falantes do computador, enfim... Não tem como saber sem um equipamento original lado a lado com ele. Para mim está muito bom.

Ele tem umas modificações que conferem possibilidades de variações de timbre. Uma delas é o controle de FILTRO, que é mais ou menos um Tone Control, só que, como em todo RAT, sua atuação é bem diferente do que se encontra em outros pedais. Por isso chamei de Filtro e não Tone. Ele  dá uma atenuada na acidez da distorção. Além dele há o controle de FREQUÊNCIA. Em inglês seria algo como SWEEP (varredura) que serve para cortar um pouco a frequência do controle de Ganho. Na prática sua atuação é bem discreta, mais perceptível em níveis mais baixos de ganho. Outra modificação está na clipagem, que pode ser escolhida via chave-alavanca; que faz a troca entre uma clipagem por diodos ou por LEDs. Dá bastante diferença. Eu usei diodos 1N914 e leds vermelhos.

Finalmente, achei muito legal o resultado. Valeu à pena o esforço. A seguir as fotos:


A propósito, antes que perguntem, o knob do alto à esquerda está marrom porque me faltou um preto. Assim que comprar novos eu vou substituir. Façam de conta e onde se vê marrom, veja-se preto.




Esse buraquinho ao lado da chave-alavanca é um led da clipagem, que pisca quando se seleciona a opção 2.



sábado, 29 de março de 2014

BAIXISTAS, ALEGRAI-VOS! EIS QUE SURGE O SANSAMP BASS DRIVE.

Hoje terminei de montar um pedal que estava me atiçando há algum tempo. Como não sou baixista (na verdade, também não sou guitarrista, ainda...) nunca me liguei nas necessidades dessa galera. Só que ultimamente observei que é grande a quantidade de pessoas que me perguntavam: "Pô, maneiros teus pedais... Tem pedal pra baixo?"

Putz! Pedal pra baixo! Será que não dá pra usar um de guitarra no baixo? Confesso que testei mesmo essa hipótese, mas não gostei do resultado. Até funciona, mas parece coisa forçada; prefiro o baixo sem nada. Mas, conversando com um baixista, perguntei pra ele qual seria o pedal ideal pro baixo. Soube que o sonho dos baixistas é alguma coisa parecida com um Tech21 SansAmp Bass Driver. Mas que diabos é isso???
Youtube neles!

Depois de pesquisar aqui e ali, vi que realmente o tal pedal é mesmo bem legal. Será que já existe lay-out dele por aí?, pensei comigo mesmo. Tinha. O Rafael (12afael) do DIYStompbox chegou a produzir um material - não é exatamente um clone, você vai ver porquê - muito interessante. Não é uma cópia exata do SansAmp original porque ele optou por omitir umas chaves que permitem umas simulações de gabinetes e outras coisinhas. Mas manteve a saída balanceada alternativa, usando um jack XLR, que deve ser maneiro pros baixistas que têm instrumento ativo. Com essa saída é possível conectar diretamente na mesa e usar o phantom power dela. Não sei o quanto isso é importante, os baixistas devem saber... Perguntem pra eles. Por isso, é QUASE um clone, mas, na minha opinião, essa versão lite é muito boa, afinal não sou fã de pedal com um infinito de controles. Saco!

Quanto à montagem, é tranquila. A placa é muito bem desenhada e permite trabalhar com conforto. É grande, isso sim. Só cabe numa 1590BB, mesmo assim, economizando o espaço, usando fios curtos, etc. O chaveamento não é true-by-pass, usa uma DPDT, mas o acendimento do led é previsto. Não tem nenhum chiado, nem hummm. Beleza!

Aí vão as fotos do pedal pronto:






Ah, vocês vão perguntar: "Ué? Cadê a saída balanceada XLR que você falou? Mentiroso, FDP!" Calma lá! Calma lá! Você não está vendo a saída porque eu não botei. E sabe por quê? PORQUE EU NÃO QUIS! O pedal é meu e eu faço do jeito que eu quero. É que eu não achei - ainda - um jack XLR para colocar. Mas os fios estão lá dentro, só na espera. Assim que eu tiver a peça eu coloco.

Já levei no luthier para testar e funcionou muito bem. O Rodrigo Cotia ficou impressionado com o som do pedal e com a clareza do bicho. Realmente o som do baixo ficou lindo, de outro mundo!

Baixista, sua vez chegou. Eis aí o seu pedal!

terça-feira, 11 de março de 2014

SUHR RIOT X HANDMADE SOLID SR1319. ENFIM, CONSEGUI COMPARAR E GRAVAR.



Depois de bastante tempo consegui uma oportunidade de colocar lado a lado um pedal original e seu respectivo clone, para comparar os resultados e saber se é possível se aproximar da qualidade do pedal industrial. A chance surgiu com o meu amigo Pepê, da banda Metalmorphose, que tem em seu set um pedal Riot, da Suhr, original.

Um dia conseguimos uma agenda que permitiu que nos encontrássemos para brincar com os pedais e fazer a prova. Mais que isso, conseguimos filmar (toscamente, é claro) e podemos mostrar como é que ficou o resultado. Para mim, o clone superou o original, mas, obviamente, opinião e chulé, cada um tem o seu...

Aqui está o vídeo que fizemos. Espero que gostem e postem seus comentários, com suas opiniões.

sábado, 22 de fevereiro de 2014

FINALMENTE, O PEDALBOARD "OFICIAL"!

Depois de construir uns quarenta pedais, de vários tipos, decidi mandar confeccionar uma bag, pequena, onde coubessem, no máximo, 6 pedais. Isso porque a outra bag que eu tenho é enorme, e estão lá uns 20 pedais e uma fonte dupla. Grande, pesada e difícil de transportar. Para poder realmente usar meus pedais, eu tinha que contar um pedalboard que fosse prático e leve para carregar, e tivesse apenas o essencial (evitei dizer "os melhores", porque eu acho todos os pedais que tenho ótimos...). Mas seis era o limite, e eu precisava decidir.

O resultado foi o seguinte:


Comentando, do IN para o OUT:

São três overdrives: BluesBreaker (layout GGG), Tube Screamer (mod para o 808/9, layout Gugarn, Handmades) e Okko Diablo (layout ViagemMental, Handmades). Cada um deles tem um timbre característico: o primeiro, claro, para os blues, o segundo para rocks mais encorpados e para empurrar todos os outros e o terceiro para atuar sempre empurrando, principalmente o BB Preamp.

Apenas uma distorção, o BB Preamp, que é extremamente versátil, com qualquer tipo de amplificador. É incrível como este pedal consegue se manter de alto nível seja num cubinho, seja um clássico valvulado. E combinado com o Okko Diablo (em primeiro lugar) e o TS (como segunda opção) é arrebatador! Ótimo para hard rock ou metal.

Um phaser, um PT909 Ibanez (layout próprio em parceria com o Félix, do Handmades), maravilhoso, com possibilidade de exibir timbres estonteantes.

Finalizei com dois delays (isso mesmo, DOIS!), um mini Rebote Delay 2.5 (layout Solderman, que coube numa caixa 1590B - muito prático) e um Zero Point Double Delay (layout da MadBean Pedals, com placa importada diretamente deles). Por que dois, se o Zero já é um projeto "double"? É porque os dois têm personalidades bem diferentes; enquanto o Rebote é o tipo de delay que faz - e bem - o que se espera dele, ou seja, aquelas repetições suaves e bem calibráveis; o Zero fornece um timbre brilhante, ousado, com um quê de reverb de fundo... Nem falo na função GHOST dele, até porque não vejo muuuuuita diferença. E olhe que já montei três Zero Points, e em nenhum deles notei muita diferença nesse Ghost... Experimentei juntar os dois e... UAU! Que delay!!! O resultado foi muito bom, tanto que deixei o pedalboard com dois pedais de delays mesmo, o que me obrigou a abrir mão de uma segunda distorção ou mesmo um boost. Mas, como o Okko Diablo já tem um botão de boost...anyway...

Quanto às fontes, eu mesmo construí as duas. Uma delas, usando o transformador retirado de uma fonte Hayama e acoplando em uma plaquinha projetada pelo GrAmorim, do Handmades, que resulta numa fonte limpa e regulada. Ficou ótima e coube na caixinha patola da própria Hayama. A outra fonte foi feita assim: ganhei de um amigo uma fonte alimentadora de um Modem, com saida de 22V. Daí eu fiz uma mini plaquinha regulando para 9V, que resultou numa fonte perfeita, com uma saída cravada em 9V, sem ruido nenhum. Na foto se vê a fonte do Modem espetada na extensão, com o plug P4 de saída entrando numa segunda caixinha, onde está a plaquinha reguladora (e que também inverte a polaridade, já que a fonte do modem é centro-positiva).

Bom, esse é o set que vai comigo para o estúdio. Depois posto como foi a primeira experiência com ele pra valer!